O transtorno do espectro autista (TEA) - também chamado de Desordem do Espectro Autista (DEA), trata-se de um distúrbio do neurodesenvolvimento cujas características são:
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Alguns sinais de alerta no neurodesenvolvimento podem ser percebidos nos primeiros meses de vida - mas o diagnóstico é estabelecido por volta dos 2 a 3 anos de idade, sendo a prevalência maior no sexo masculino.
Além das características citadas acima o TEA engloba diferentes perturbações no desenvolvimento neurológico mas existem três características fundamentais que podem manifestar-se conjuntamente ou de maneira isolada:
Recebe o nome de espectro pois envolve situações e apresentações muito diferentes de acordo com o indivíduo que vai de leve à mais severa - mas todas estão relacionadas com dificuldades de comunicação e relacionamento social.
O TEA classifica-se de acordo com o quadro clínico:
Inclui indivíduos voltados para si mesmos que não estabelecem contato visual com pessoas ou ambiente e até conseguem falar - mas não usam a fala como ferramenta comunicativa. Nos casos mais graves, demonstram ausência completa de contato interpessoal
Apresentam dificuldade de compreensão e apreendem apenas o sentido literal das palavras ou enunciados simples - não compreendendo metáforas ou duplo sentido.
São crianças isoladas, que não retribuem sorrisos, apresentam repetição de movimentos estereotipados, frases sem muito significado, girando ao redor de si mesmas e apresentam déficit cognitivo.
Também conhecido por síndrome de Asperger, a pessoa apresenta as mesmas dificuldades dos outros autistas mas numa medida reduzida - pois comunicam-se verbalmente e são bastante inteligentes.
Sua inteligência é tão aumentada que chegam a ser confundidos com gênios - sendo imbatíveis na área do conhecimento com a qual se identificam.
Quanto menor a dificuldade de interação social nos casos de Asperger, maior a chance de levar a vida com normalidade.
Aqui entram indivíduos considerados dentro do TEA - dificuldade de comunicação e interação social - mas os sintomas são insuficientes para incluí-los nas categorias específicas do transtorno -tornando o diagnóstico final muito difícil.
Referências:
American Psychiatric Association (APA). Manual diagnóstico e estatístico de transtornos mentais: DSM-5. 5. ed. Porto Alegre: Artmed, 2014.
Sadock, Benjamin J. Compêndio de psiquiatria : ciência do comportamento e psiquiatria clínica / Benjamin J. Sadock, Virginia A. Sadock, Pedro Ruiz ; tradução: Marcelo de Abreu Almeida ... [et al.] ; revisão técnica: Gustavo Schestatsky... [et al.] – 11. ed. – Porto Alegre : Artmed, 2017.
OMS - Organização Mundial da Saúde: https://www.who.int