A dependência química consiste num conjunto de ocorrências:
que ocorrem no organismo do indivíduo após o consumo excessivo de componentes psicoativos.
É uma questão de saúde preocupante e será o tema desse post.
A dependência química pode ocorrer pelo vício em uma várias substâncias psicoativas, tais como:
Trata-se de um problema crônico, que ocasiona mudanças no comportamento da pessoa ao usar determinada substância, que acaba dominada por impulsos cada vez mais recorrentes, para fazer uso da droga novamente.
É um padrão mal-adaptado do consumo de substâncias e gera prejuízos tanto clínicos quanto de ordem emocional.
Nesse padrão a substância entorpecente passa a ser um refúgio na busca por sensações de bem-estar e de alívio da ansiedade, insegurança ou medo.
Sim é uma doença de característica crônica e há diversos fatores que definem esse quadro como uma patologia, mas dois se destacam. São eles:
É a necessidade de ingerir doses cada vez maiores para a droga despertar os efeitos desejados pois o organismo se adapta às quantidades habituais.
Engloba a manifestação de sintomas fisiológicos e cognitivos de forte desconforto ocasionados pela interrupção da administração do entorpecente.
Os tipos são classificados conforme a droga administrada, podendo ser::
Aqui os mais usados são os ansiolíticos ou tranquilizantes e anticolinérgicos.
Os primeiros atuam no sistema nervoso e torna-se perigoso com o uso de forma indiscriminada e com associação a outras drogas como o álcool, que o álcool potencializa o efeito dos ansiolíticos.
Os ansiolíticos benzodiazepínicos causam:
Os repositores hormonais foram pensados para pessoas que possuem algum tipo de desordem ou déficit na produção de certos hormônios.
Mas têm sido cada vez mais procurados de forma consumista, sem preocupação com os efeitos colaterais e sem a devida prescrição médica, por exemplo os esteroides e anabolizantes e medicamentos para a menopausa e andropausa.
São aquelas cuja circulação e venda é amparada por lei e são de fácil acesso, como álcool e cigarros.
O álcool é a droga de maior dependência, por sua grande aceitação social e acessibilidade alta, inclusive com consumo em ambientes familiares.
Já o tabagismo é o consumo abusivo de tabaco que possui nicotina, mas também há outras substâncias que podem ser usadas como naftalina e amônia.
As drogas ilícitas são aquelas cuja comercialização e consumo não são permitidos sob nenhuma circunstância, sendo inclusive passível de punições legais.
Os exemplos mais conhecidos são:
Aqui estão as drogas derivadas do ópio, natural ou semi-sintética como:
Possuem altíssima chance de dependência mesmo com poucos usos e são usados como analgésicos e sedativos, porém com administração indevida produzem danos muitas vezes irreversíveis, além de causar uma das síndromes de abstinência mais potentes.
As substâncias alucinógenas ou psicodislépticas, são aquelas que alteram a percepção de nós mesmos e do ambiente ao redor - levando de partida da euforia e confusão mental a um estado depressivo e paranoico.
As mais comuns com esse efeito são: LSD, ecstasy e MD.
Referências:
American Psychiatric Association (APA). Manual diagnóstico e estatístico de transtornos mentais: DSM-5. 5. ed. Porto Alegre: Artmed, 2014.
Sadock, Benjamin J. Compêndio de psiquiatria : ciência do comportamento e psiquiatria clínica / Benjamin J. Sadock, Virginia A. Sadock, Pedro Ruiz ; tradução: Marcelo de Abreu Almeida ... [et al.] ; revisão técnica: Gustavo Schestatsky... [et al.] – 11. ed. – Porto Alegre : Artmed, 2017.
OMS - Organização Mundial da Saúde: https://www.who.int