O Distúrbio de Déficit de Atenção - DDA é um distúrbio presente em crianças e adultos cuja principal característica é a falta de concentração para atividades rotineiras e traços de impulsividade em alguns casos.
A DDA é comumente confundida com o TDAH (Transtorno de Déficit de Atenção com Hiperatividade), mas existem diferenças entre eles - então o primeiro passo deste artigo é diferenciá-los.
Pacientes com déficit de atenção são normalmente considerados distraídos - e coloca em evidência a principal característica desse distúrbio: falta de foco e distração - mas suas causas e consequências são graves.
Estudos da área apontam que o Distúrbio do Déficit de Atenção é resultado de uma disfunção no funcionamento do córtex pré-frontal - área esta que é responsável pela:
Essa disfunção ocorre, em parte, pela deficiência da Dopamina, um neurotransmissor formado com base na tirosina, que está relacionado com diversas funções do nosso organismo, incluindo prazer e humor.
Como consequência dessa deficiência, os pacientes com DDA têm sérias dificuldades para concentrar-se.
O desafio é ainda maior do que parece, pois quem têm DDA tenta excessivamente colocar foco numa tarefa e a atividade do córtex pré-frontal diminui - ou seja, a concentração ao invés de aumentar, diminui.
A característica central do DDA é a falta de concentração e distração, mas os sintomas tendem a ser mais complexos a fim de orientar melhor o diagnóstico e o tratamento.
Pacientes com DDA apresentam também em grande parte dos casos sintomas como: dificuldade de organização - do tempo ou do espaço e costumam procrastinar, adiando as tarefas sempre que possível, além de dificuldade de tirar ensinamento dos erros cometidos.
Para fins de diagnóstico corretos os sintomas do Distúrbio do Déficit de Atenção podem ser observados a partir de alguns comportamentos:
De acordo com o Manual Estatístico e Diagnóstico dos Distúrbios Mentais (DSM-V), é possível identificar alguns sintomas do DDA através da manifestação de pelo menos cinco das características da listagem abaixo:
Para o diagnóstico final essas características precisam manifestar-se com certa frequência.
O DDA é um quadro clínico complexo que necessita de avaliação por profissionais qualificados e ao ser definido o diagnóstico são selecionadas as abordagens terapêuticas para amenizar os impactos na vida do paciente.
Isso porque este quadro clínico não possui cura definitiva - mas ele pode ser controlado com psicoterapia e/ou medicamentos - a depender do caso.
Referências:
American Psychiatric Association (APA). Manual diagnóstico e estatístico de transtornos mentais: DSM-5. 5. ed. Porto Alegre: Artmed, 2014.
Sadock, Benjamin J. Compêndio de psiquiatria : ciência do comportamento e psiquiatria clínica / Benjamin J. Sadock, Virginia A. Sadock, Pedro Ruiz ; tradução: Marcelo de Abreu Almeida ... [et al.] ; revisão técnica: Gustavo Schestatsky... [et al.] – 11. ed. – Porto Alegre : Artmed, 2017.
OMS - Organização Mundial da Saúde: https://www.who.int